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🎭 Morre Edy Star, ícone queer da música brasileira e parceiro de Raul Seixas, aos 87 anos

O cenário artístico brasileiro amanheceu mais silencioso.

Na madrugada desta quinta-feira (24), faleceu em São Paulo o cantor, compositor e artista multimídia Edy Star, aos 87 anos.

Internado em estado grave, o artista foi vítima de insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda e pancreatite aguda.

A notícia foi confirmada pela assessoria de imprensa do artista. Edy estava hospitalizado em São Paulo e sua partida marca o fim de uma era.

Contudo, seu legado permanece eternamente vivo — principalmente entre aqueles que ousaram, provocaram e resistiram através da arte. 🎤✨


🌈 Um artista à frente de seu tempo

Nascido como Edivaldo Souza, em Juazeiro (BA), em 10 de janeiro de 1938, Edy foi muito mais do que um cantor.

Ele também foi ator, dançarino, apresentador, produtor teatral, artista plástico e um dos primeiros brasileiros a assumir publicamente sua homossexualidade.

Desde jovem, mostrava irreverência e talento. Sua estreia foi no programa “A Hora da Criança”, na Rádio Sociedade da Bahia, ainda na adolescência.

Além disso, sua identidade artística foi fortemente influenciada pela chanchada, pelo teatro de revista e pelo cabaré — gêneros que moldaram sua estética e sua linguagem provocativa.


🎙️ A revolução sonora dos anos 70

Nos anos 1970, Edy Star se consolidou como ícone da contracultura brasileira.

Foi nessa década que participou da criação do histórico álbum “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10” (1971), ao lado de Raul Seixas, Miriam Batucada e Sérgio Sampaio.

Essa obra, considerada um marco do underground nacional, rompeu as fronteiras entre teatro, música e performance.

Edy levou aos palcos e estúdios uma energia provocadora e libertadora — com figurinos ousados, presença de palco irreverente e uma musicalidade única.

Além disso, sua atuação em boates, musicais e casas noturnas cariocas como a Number One e a Up’s reafirmou seu lugar de destaque na cena artística da época.

Portanto, não é exagero afirmar que Edy Star ajudou a construir uma nova identidade para a música brasileira — mais livre, plural e transgressora.


✨ Da Praça Mauá à Europa: arte sem fronteiras

Após conquistar espaços importantes no Rio e em São Paulo, Edy passou a se apresentar em boates sofisticadas como a Number One e a Up’s, mas também em locais alternativos como a Praça Mauá.

No entanto, sua carreira não se limitou ao Brasil. Nos anos 1990, ele se mudou para a Espanha, onde seguiu atuando em teatros e casas noturnas.

Depois de quase 20 anos fora do país, Edy retornou ao Brasil, pronto para continuar sua missão artística.

Seus lançamentos mais marcantes dos últimos anos incluem:

  • 🎵 “Sweet Edy” (relançado em 2017 com produção de Zeca Baleiro)
  • 🎭 “Cabaré Star” (2017)
  • 🎤 “Meu amigo Sérgio Sampaio” (2023)

Esses projetos, além de homenagear suas raízes, demonstraram que a essência criativa de Edy jamais se apagou..


📻 O legado que permanece nas ondas do rádio

Ao longo de sua trajetória, Edy Star conquistou um espaço único no cenário da música brasileira.

Ainda hoje, suas faixas são veiculadas em rádios de todo o país — especialmente em programações dedicadas à MPB alternativa, à música queer e à contracultura.

Mesmo após décadas de estrada, Edy seguia sendo executado em rádios especializadas e playlists dedicadas à diversidade cultural.

Por isso, se sua emissora valoriza artistas pioneiros e autênticos, é essencial garantir que músicas como as de Edy Star continuem sendo veiculadas.

Com ea nossa plataforma, é possível monitorar onde e quando as músicas de Edy tocam no rádio, registrar histórico de execução e manter viva sua memória musical.


🕊️ Edy Star vive em cada nota, em cada gesto de liberdade

Edy Star partiu, mas seu brilho continua iluminando a música, o teatro e a liberdade artística no Brasil.

Sua coragem abriu caminhos, sua arte inspirou gerações e sua presença continua viva em cada nota ousada, cada figurino brilhante e cada grito de resistência.

🌟 “O palco era o templo. E Edy, o sacerdote da liberdade.”